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Experiência internacional comprova sucesso

​​​​Em França as farmácias participam, de forma contratualizada, na realização de rastreios ao cancro colorretal. A adesão aos rastreios aumentou. 

Texto de Sandra Costa

 

A oportunidade de incluir as farmácias nos rastreios ao cancro colorretal surgiu após a pandemia, na sequência da colaboração da rede de farmácias francesa na testagem e vacinação das pessoas contra a COVID-19. 

A integração das farmácias nos rastreios ao cancro colorretal visou aumentar a adesão da população aos mesmos e atingir uma taxa de rastreio de 65%, tal como recomendado a nível europeu. Os valores de adesão situavam-se na ordem dos 25%.

Em França, tal como em Portugal, a incidência de cancro colorretal é muito elevada. A boa notícia é que o diagnóstico precoce pode salvar nove em cada dez pessoas. «A integração da rede de farmácias no processo, em 2022, com a publicação de legislação nesse sentido, permitiu aumentar a adesão aos rastreios», confirma o farmacêutico comunitário Alain Delgutte. Entre janeiro e agosto de 2023, as farmácias rastrearam 540 mil pessoas elegíveis. No mesmo período de 2024, foram rastreadas 820 mil pessoas. 

Para realizar o rastreio ao cancro colorretal numa farmácia não é preciso ter recebido um convite. Qualquer pessoa com idade entre 50 e 74 anos que deseje fazer o rastreio só tem de dirigir-se a uma farmácia. O farmacêutico, que previamente passou por um processo de capacitação, explica a importância de realizar o rastreio, como se processa e entrega o kit. 

Todas as pessoas naquela faixa etária são elegíveis, desde que não tenham feito o rastreio há menos de dois anos e não tenham um risco alto ou muito alto de desenvolver cancro colorretal. Nestes casos, o farmacêutico referencia-as para o médico de família, ou outro médico indicado pela pessoa, para que ela receba tratamento médico. 

As farmácias são remuneradas em três euros por kit entregue, a que se somam dois euros por kit efetivamente usado. Alain Delgutte considera que o valor é baixo para o esforço que é desenvolvido pelas farmácias, mas confirma que o projeto tem importância estratégica para as farmácias. «É que, se até aqui, as pessoas iam ao médico e depois vinham à farmácia, isso mudou. A farmácia é hoje a primeira porta de entrada no sistema, e só depois seguem para o médico».

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