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Poupança gerada pelo uso de medicamentos genéricos atinge recorde

Apesar dos resultados positivos na poupança, o ritmo de crescimento da quota de medicamentos genéricos abrandou substancialmente na última década. 

Texto de Ana Rita Cunha 

«As Farmácias Portuguesas têm desempenhado um papel determinante no aumento da dispensa de medicamentos genéricos», diz a presidente da ANF, Ema Paulino.

A cada segundo que passa é gerada uma poupança de 21,20€ às famílias e ao Estado, proporcionada pela dispensa de medicamentos genéricos nas farmácias comunitárias.

Só em 2024 os medicamentos genéricos permitiram ao Estado e às pessoas poupar mais de 670,5 milhões de euros, o valor mais alto em 14 anos de contabilização. São quase mais de 90 milhões de euros face a 2023, o que corresponde a um crescimento de 15,4%.

«Congratulamo-nos com os resultados alcançados em 2024, que indicam que a dispensa de medicamentos genéricos nas farmácias comunitárias permitiu uma poupança para as pessoas e para o Estado de 670,5 milhões de euros», reage a presidente da ANF, Ema Paulino.

De acordo com os dados do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR), e do contador online no website da EQUALMED, entre 2011 e 2024, os medicamentos genéricos já permitiram poupar recursos no valor de 6.530 milhões de euros. E, apesar de o ano ainda não ter chegado a meio, já permitiram alocar um financiamento superior a 193​ milhões de euros em 2025.

As farmácias comunitárias dispensaram mais de 115 milhões de embalagens de medicamentos genéricos em 2024. Este número corresponde a um crescimento de quase 7% face ao ano anterior.

No entanto, na última década, o crescimento da quota de medicamentos genéricos foi cerca de sete vezes inferior ao da década anterior. O aumento da poupança não tem sido acompanhado por uma subida ao mesmo ritmo da quota dos medicamentos genéricos, sendo que entre 2014 e 2024, esta subiu apenas 5,3p.p., isto é, de 46,6% para 51,9%. O valor contrasta com o período compreendido entre 2003 e 2013, no qual se registou uma subida de 6,9% para 45%, ou seja, de mais de 38%.

«Será essencial avançar com a revisão do modelo de incentivos à dispensa de genéricos para as farmácias comunitárias, prevista no Orçamento do Estado para 2025, que contribuirá para o contínuo crescimento da quota de mercado dos medicamentos genéricos», afirma a presidente da ANF, Ema Paulino, lembrando o «papel determinante» das farmácias comunitárias neste que é «um objetivo nacional para a sustentabilidade do mercado do medicamento».

Por sua vez, o presidente da EQUALMED, João Paulo Nascimento, lembra que os medicamentos genéricos são «tecnologias de saúde imprescindíveis para o SNS, promovendo a equidade em saúde, ao garantir o acesso universal, tendo em conta as necessidades da população», num cenário marcado «pela progressiva longevidade e pelo aumento das doenças crónicas».

«Estas mais-valias, que também se refletem na criação de postos de trabalho, no equilíbrio da balança comercial e na soberania do medicamento, só são possíveis com o incentivo ao desenvolvimento de uma indústria transformadora previsível e atrativa que continue a aportar valor para todo o sistema», sublinha.​​​

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