Pressão nas urgências hospitalares e o papel das farmácias discutido no "Fora da Cápsula"
O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), Xavier Barreto, defende a «realocação de tarefas e funções».
Texto de Ana Rita Cunha
«Os nossos governantes têm de ter coragem para transformar os cuidados de saúde», afirma Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH).
A pressão sobre as urgências hospitalares é o principal foco do novo episódio do podcast “Fora da Cápsula", em parceria com o Expresso, no âmbito das comemorações dos 50 anos da ANF. Nele, Xavier Barreto garante que «o cenário não é bom» e defende uma «realocação de tarefas e funções» dentro do sistema de saúde, de modo a torná-lo «mais eficiente», atribuindo às farmácias comunitárias um papel essencial.
«Não temos alternativa se não concentrar a nossa resposta e repensar o percurso dos doentes, encontrando novas respostas (…). As farmácias têm aqui um papel fundamental. Existe um potencial imenso nas farmácias e nos farmacêuticos que não está a ser explorado», assegura, lembrando as competências dos farmacêuticos.
Exemplo do potencial de ação dos farmacêuticos no alívio da pressão sobre as urgências hospitalares é a capacidade de intervenção em Situações Clínicas Ligeiras, segundo protocolos, e em articulação com os restantes profissionais de saúde.
«Existem há várias décadas uma série de situações ligeiras passíveis de resolução nas farmácias comunitárias, para as quais temos um arsenal terapêutico», garante a presidente da ANF. Ema Paulino afirma que a formação dos farmacêuticos é um fator essencial para esta intervenção, a par dos desenvolvimentos tecnológicos.
No episódio, moderado por Renato Duarte, é ainda explorado o tema da falta de profissionais de saúde em Portugal, bem como da integração da Inteligência Artificial nos cuidados de saúde.
Assista ao episódio completo aqui.