Acesso à disponibilidade dos medicamentos melhora gestão nas farmácias
A funcionalidade insere-se num conjunto mais alargado de medidas, que visam mitigar o impacto da rutura de medicamentos na saúde das pessoas e na gestão das farmácias.
Texto de Ana Rita Cunha
As farmácias já podem aceder à informação em tempo real sobre a disponibilidade dos medicamentos.
A nova funcionalidade, que entrou em vigor no dia 16 de junho, resulta da indicação por parte dos distribuidores, na altura da encomenda, sobre a disponibilidade do medicamento em causa, que passa a estar integrada diretamente nos softwares usados, permitindo saber se o medicamento se encontra no estado “disponível”, “com quantidade limitada”, “em rutura até determinada data”, “sem stock”, “não comercializado” ou “revogado”.
«Esta é uma medida no âmbito de um conjunto mais alargado de medidas, que visam mitigar o impacto que a rutura de medicamentos tem na saúde das pessoas e na continuidade das terapêuticas», afirma a presidente da ANF, Ema Paulino.
Ao otimizar o acesso atempado à informação sobre a disponibilidade de medicamentos, a medida permite melhorar a gestão dos stocks e do dia a dia das farmácias. «O Grupo Farmacêutico da União Europeia (PGEU) estima que os farmacêuticos dedicam 11 horas por semana a procurar alternativas para os utentes e, neste sentido, a medida vai aumentar a eficiência das farmácias», constata.
De acordo com Ema Paulino, os benefícios estendem-se também aos médicos, uma vez que o acesso em tempo real à informação sobre a disponibilidade dos medicamentos vai permitir «diminuir a pressão para prescreverem alternativas, quando estes não se encontram disponíveis no circuito de comercialização».
A nova funcionalidade resulta da colaboração entre a ANF, o INFARMED e a Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA).