Conferência posiciona farmácias como aliadas essenciais nas políticas de rastreio em Saúde Pública
A Associação Nacional das Farmácias (ANF) dinamizou a conferência “Há mais Saúde na Farmácia – Rastreios e Prevenção: Inovar em Saúde Pública”, que foi marcada pelo consenso em torno do importante contributo que as farmácias podem dar neste domínio.
Texto de Sandra Costa
Mais de 100 mil pessoas vão ser diagnosticadas com cancro colorretal nos próximos dez anos. São dez mil novos casos identificados por ano de uma doença silenciosa e que, apesar de evitável, continua a matar milhares de pessoas. «Recorrendo apenas a rastreios, conseguiríamos salvar metade destas pessoas, e o envolvimento das farmácias é crucial para que a adesão aos mesmos seja exponenciada». «Há meios, há experiência, há evidência de resultados. A medida só não se implementará se não houver vontade».
As afirmações de Rui Tato Marinho, diretor do Programa Nacional para as Hepatites Virais, e de Vítor Neves, presidente da Europacolon Portugal, na conferência “Há mais Saúde na Farmácia – Rastreios e Prevenção: Inovar em Saúde Pública”, a 5 de novembro, sumarizam grande parte do consenso em torno do importante contributo que o setor pode dar para a melhoria do acesso das pessoas a instrumentos de prevenção e diagnóstico precoce de doenças.
«As farmácias são bons aliados das políticas de Saúde Pública em geral, e nesta área em particular», confirmou a presidente da ANF, Ema Paulino, acrescentando que, não obstante o «elevado potencial», a rede de farmácias é ainda «muito subaproveitada neste domínio».
Por sua vez, durante o discurso de encerramento dos trabalhos, a secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, fez notar que as farmácias são «um ativo estratégico» para o sistema de saúde. «Este é um tema da maior importância para o Ministério da Saúde e no qual as farmácias, com a sua capilaridade e qualificação, têm um importante papel a desempenhar», disse, dando conta da vontade do Governo reforçar a inquestionável sinergia com as farmácias durante a campanha de vacinação sazonal.
Por fim, Ema Paulino reiterou a total disponibilidade das farmácias em colaborar nas soluções encontradas pela tutela, reafirmando o compromisso «de começar já a capacitar a rede de farmácias para assumir os desafios que vierem a ser colocados nestas áreas».