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Estudo avalia vantagens da vacinação nas farmácias

Resultados da avaliação da campanha de vacinação sazonal apresentados a 18 de junho, com a presença da ministra da Saúde, Ana Paula Martins. 

Texto de Sandra Costa | Fotografia de Reinaldo Rodrigues

A participação das farmácias comunitárias na última campanha de vacinação sazonal contra a gripe e a COVID-19 ajudou a manter a taxa de cobertura vacinal e agradou à população, comprova um estudo de avaliação promovido pela Associação Nacional das Farmácias (ANF) e conduzido pelo Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR). 

Os resultados obtidos mostram que a inclusão das farmácias comunitárias no processo «reduziu barreiras no acesso à vacinação, melhorou a satisfação das pessoas com o processo, libertou recursos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), gerou poupanças económicas para o utente e poderá ter impactado positivamente a cobertura vacinal da população». O estudo revela ainda que a esmagadora maioria dos inquiridos (94,8%) concorda com a administração nas farmácias comunitárias das vacinas contra a gripe e contra a COVID-19.

Estas são algumas das conclusões apresentadas na conferência “Vacinação Sazonal | Há Mais Saúde Na Farmácia”!, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian. A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, presidiu ao encerramento dos trabalhos, que contaram com a presença do bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Hélder Mota Filipe, do subdiretor-geral da Saúde, André Peralta Santos, entre outros parceiros dos setores da saúde e social. A conferência inclui também uma mesa-redonda dedicada ao debate sobre o futuro da vacinação nas farmácias. 

«Internacionalmente vacina-se também nas farmácias. Em Portugal, a vacinação contra a gripe e a COVID-19 está também hoje disponível em todas as farmácias aderentes, contribuindo para melhorar o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde prestados aos cidadãos», recordou a ministra da Saúde, que afirmou ser uma mais-valia aproveitar a capacidade instalada da rede de farmácias portuguesas e a proximidade com a população. Ana Paula Martins fez ainda notar que, em algumas zonas, «as populações envelhecidas têm na farmácia um espaço importante, até emocional, de relação».

O estudo de avaliação da campanha de vacinação sazonal revela que durante a última campanha sazonal, entre 29 de setembro de 2023 e 30 de abril de 2024, foram administradas quase 4,5 milhões de vacinas nos cerca de 3.500 pontos de vacinação disponíveis no país, a saber, 2.488 farmácias e 1.000 unidades do SNS. Das quase 2,5 milhões (2.494.957) de pessoas que se vacinaram contra a gripe, 70% escolheram as farmácias comunitárias. No caso da vacinação contra a COVID-19, 69% dos quase 2 milhões (1.992.260) de pessoas vacinadas fizeram-no nas farmácias.

De realçar que a cobertura vacinal da gripe, na população com mais de 65 anos, foi de 72,1%, mantendo a cobertura do ano anterior (72,2% em 2022/23), não obstante o crescente efeito da hesitação vacinal, na sequência da pandemia de COVID-19.

A participação das farmácias comunitárias contribuiu para potenciar a melhoria do acesso aos serviços de saúde e para aumentar a literacia da população. Entre as vantagens principais, revela o estudo, estão «a capacidade técnica e científica dos farmacêuticos, associada à sua proximidade das pessoas, e a distribuição capilar no país, com horários alargados». 

 

Vantagens do alargamento da campanha de vacinação sazonal em 2023/24 às farmácias comunitárias:

  • Aumento da disponibilidade física de locais de vacinação em mais de 400% face a 2022/23.

  • Redução de cerca de 50% de distância da população ao local de vacinação.

  • Menos deslocações de automóvel até ao local de vacinação, o que se traduziu numa redução de 41% do total de emissões de CO2 face a 2022/2023.

  • A cobertura vacinal foi 5,9% superior nos concelhos onde as populações mais viram reduzidas a distância ao local de vacinação face àqueles onde pouco se reduziu. 

  • 2,4 milhões de euros foi o montante da poupança para os utentes em deslocações para os locais de vacinação (inclui transportes públicos, carro e táxi) face a 2022/2023. 

  • Cerca de 310.000 horas de trabalho libertado para os recursos humanos do SNS, que terão ficado disponíveis para outros atos, graças aos 2.976.842 atos de vacinação realizados nas farmácias.

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