Farmácias comunitárias sob pressão na Alemanha
O documento "German Pharmacies: Figures, Data, Facts, 2025" reflete os desafios colocados às farmácias comunitárias alemãs.
Texto de Ana Rita Cunha
O número de farmácias comunitárias na Alemanha, que tem vindo a diminuir significativamente, atingiu o valor mais baixo desde o final da década de 1970.
Esta é uma das principais conclusões do anuário estatístico “German Pharmacies: Figures, Data, Facts, 2025”, publicado pela ABDA – União Federal das Associações Alemãs de Farmacêuticos, que oferece uma visão abrangente das tendências recentes nos setores farmacêutico e da saúde na Alemanha e não só.
O relatório, publicado a 16 de julho, reflete os desafios colocados às farmácias comunitárias no país, com especial foco no seu encerramento. O número de farmácias na Alemanha tem vindo a diminuir de forma acelerada desde 2009.
No final de 2024, existiam apenas 17.041 farmácias comunitárias, o que corresponde ao número mais baixo desde o final da década de 1970. Simultaneamente, a abertura de novas farmácias tem vindo a decrescer de forma significativa.
Uma das principais razões apontadas para este cenário é a política de saúde vigente no país, que coloca as farmácias comunitárias, cuja remuneração não é atualizada há 12 anos, perante complexos desafios económicos e financeiros, que geram uma elevada pressão.
O documento aborda outros temas relevantes para o setor, como a vacinação nas farmácias, a escassez de medicamentos na Europa e o enquadramento legal das farmácias europeias.
A ABDA defende os interesses dos farmacêuticos comunitários na Alemanha e promove cuidados de saúde integrados e de excelência. Internacionalmente, tal como a ANF, a entidade alemã integra o Grupo Farmacêutico da União Europeia (PGEU), a Federação Internacional Farmacêutica (FIP) e o World Pharmacy Council (WPC).