Papel das farmácias como porta de entrada no sistema de saúde abordado em conferência

«As farmácias são agentes ativos de transformação digital e proximidade humana, fundamentais para um sistema de saúde mais sustentável, integrado e centrado na pessoa», defendeu a presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Ema Paulino, na conferência “Care for the Future of Health”, que decorreu na terça-feira, dia 17 de junho, no MAAT – Central Tejo, em Lisboa.

No painel “De cidadão a protagonista da saúde”, Ema Paulino apontou o envolvimento das farmácias na testagem massiva da COVID-19 e na vacinação sazonal, em complementaridade com os centros de saúde, enquanto «exemplos claros de como podem integrar, de forma eficiente e segura, soluções de Saúde Pública».

A presidente da ANF abordou também a necessidade de garantir a interoperabilidade real entre os sistemas de informação, com dados clínicos de qualidade e partilháveis, respeitando o princípio fundamental de que os dados de saúde pertencem às pessoas. Num olhar para o futuro, salientou o potencial do acompanhamento farmacêutico no âmbito da renovação da terapêutica crónica como exemplo de inovação sustentável.

O painel contou ainda com Rita Nortadas, médica da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal; Luís Lapão, professor na Universidade NOVA de Lisboa; Elsa Frazão Mateus, presidente da Direção da Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas; Maurício Fernandes Alves, coordenador do grupo de trabalho Enfermagem Digital e uso da Inteligência Artificial, da Ordem dos Enfermeiros; e Paulo Gonçalves, presidente da RD-Portugal, União das Associações das Doenças Raras de Portugal.

Promovida pela Glintt Life e pela EIT Health, a conferência “Care for the Future of Health” reuniu profissionais do setor da Saúde, especialistas e decisores, num encontro dedicado à inovação sustentável e centrado no cidadão, com foco na eficiência dos sistemas, na valorização dos dados e na personalização dos cuidados.