Saltar para o conteúdo principal Saltar para o footer

Programa abem: apoiou mais de 38.000 pessoas

Estudo de impacto comprova benefícios sociais, económicos e, até, ambientais do programa que garante medicamentos a quem não tem dinheiro para os comprar.

Texto de Sandra Costa | Fotografia de Rui Minderico

Em menos de oito anos de existência, o Programa abem: Rede Solidária do Medicamento apoiou 38.343 pessoas, através da dispensa de quase três milhões de embalagens de medicamentos, em 170 concelhos do país, incluindo as regiões autónomas dos Açores e Madeira. 

O objetivo deste programa promovido pela associação Dignitude é claro: apoiar as pessoas que não têm capacidade financeira para comprar os medicamentos que lhes são prescritos – uma em cada dez pessoas estão nesta situação, de acordo com o Índice de Saúde Sustentável, desenvolvido pela Nova Information Management School (Nova IMS). 

O programa envolve uma rede de 193 parceiros que referencia famílias em situação de carência, a quem é atribuído o cartão abem:, que garante a compra dos medicamentos prescritos numa das 1192 farmácias aderentes. A despesa é coberta pelo Fundo Solidário.

A par dos​ benefícios sociais, o Programa abem: também tem um impacto económico e ambiental relevante, revelou o estudo apresentado a 22 de outubro, durante a “Conferência abem: Saúde & Sustentabilidade”, que se realizou na sede da Associação Nacional das Farmácias (ANF), em Lisboa.

O Programa abem: permitiu poupar mais de 29 milhões de euros (M€) ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), entre maio de 2016 e dezembro de 2023, em urgências e internamentos evitados pelo cumprimento da terapêutica de quem beneficiou deste apoio na compra dos medicamentos. Os dados indicam que mais de metade da poupança estimada (16,9 M€) se deve a internamentos evitados de doentes de psiquiatria, seguidos dos internamentos dos doentes com enfarte agudo do miocárdio (6,2M€), das poupanças conseguidas no programa de tratamento da diabetes tipo 1 (3,1M€), dos episódios de urgência (1,8 M€) e dos internamentos de doenças com asma/pneumonia (1,4 M€).  

O estudo de impacto apresentado demonstrou que, anualmente, por cada milhão de euros investido no programa consegue-se uma poupança potencial de 5,4 milhões de euros para o SNS. Se o Programa abem: chegasse a todas as pessoas que todos os anos deixam de comprar os medicamentos de que precisam por falta de dinheiro - estimadas em 920 mil - o investimento no programa seria de 142 milhões de euros, mas a poupança gerada superaria os 772 milhões de euros em internamentos e episódios de urgência evitados. 

Para além de atualizar os dados de impacto apresentados em janeiro de 2022, este estudo avaliou, pela primeira vez, o impacto ambiental do programa e, também nesta área, a mudança alcançada foi muito positiva. Considerando a redução das deslocações aos hospitais para episódios de urgência e internamentos, estima-se que o programa tenha permitido poupar 62,39t CO2 de emissões no ano passado. Tal equivale a 1.188 viagens Lisboa – Porto de carro. 

«O Programa abem: luta contra as consequências da pobreza, leva a literacia em Saúde à população e, no ano em que se celebram os 49 anos do SNS, promove a cidadania e o reconhecimento dos Direitos Humanos», elogiou a ex-ministra da Saúde, Maria de Belém Roseira, na conferência de apresentação do estudo de avaliação de impacto. Estiveram também presentes a Secretária de Estado da Saúde, Ana Povo (na foto), para além de representantes da Associação Dignitude, da ANF e vários stakeholders da Saúde. 

Sobre o autor

Admin

uSkinned, the world’s number one provider of Umbraco CMS themes and starter kits.

Este site armazena cookies no seu computador. Esses cookies são usados para recolher informações como interage como o nosso site e permite-nos lembrar das suas preferências. Usamos essas informações para melhorar e personalizar a sua experiência de navegação. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.