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«Quero que o Gabinete da Mama sirva de farol para a comunidade»

O quarto episódio da websérie evocativa dos 50 anos da Associação Nacional das Farmácias (ANF), "Farmácias com Histórias", retrata o papel das farmácias em zonas desertificadas.

Texto de Ana Rita Cunha

 

É «farmacêutica por vocação» e cumpria a «missão» de uma vida ao inaugurar a Farmácia Entre-Vinhas, em Mirandela, quando enfrentou o diagnóstico de cancro da mama. A falta de respostas que encontrou no interior do país dificultou a jornada de saúde da proprietária e diretora técnica, Fátima Fernandes.

Superado o «momento difícil», ao lado da filha e coproprietária, Maria João Lopes, Fátima Fernandes converteu as «adversidades» numa «coisa boa». «Criamos o Gabinete da Mama, que visa responder a todas as necessidades sentidas na altura», conta a filha.

«Quero que o Gabinete da Mama sirva de farol para a comunidade, pelo menos para a comunidade de Trás-os-Montes», acrescenta Fátima Fernandes, que tem como objetivo transmitir «uma mensagem de esperança e de prevenção» às pessoas.

Desde a fundação, o espaço já apoiou mais de 100 mulheres, como Maria Eduarda Rosa, cujo diagnóstico surgiu pela primeira vez em 1994. «Estamos muito gratas à doutora Fátima. Só uma pessoa que passa por isto é que tem noção do que as outras vivem», afirma.

A Farmácia Entre-Vinhas, protagonista do quarto episódio da websérie “Farmácias com Histórias”, é o retrato do papel relevante das farmácias nas zonas desertificadas do país, sobretudo no interior, onde, segundo a presidente da Comissão Organizadora das Comemorações dos 50 anos da ANF, Maria da Luz Sequeira, «tudo tem desaparecido, exceto a farmácia».

«A farmácia é um dos primeiros pontos de acesso à saúde e as pessoas costumam procurar-nos numa primeira instância», confirma a coproprietária Maria João Lopes, dando conta da crescente diversificação da oferta de serviços nas farmácias comunitárias, que as coloca como a primeira linha de acesso à saúde em muitas zonas do país.

Neste sentido, a presidente da ANF, Ema Paulino, destaca a relevância da capilaridade da rede de farmácias, bem como da coesão territorial, no que toca ao acesso aos cuidados de saúde. «Temos farmácias associadas em todo o território nacional, desde muito pequenas até grandes, farmácias que se localizam em zonas menos densamente povoadas ou em zonas com elevada densidade populacional, e há uma grande noção da importância da coesão territorial e da solidariedade entre as farmácias», afirma.

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