Reino Unido planeia alargar e reforçar papel das farmácias comunitárias no país

O Reino Unido desenhou um plano de ação para a saúde nos próximos 10 anos, apostando fortemente nos cuidados de proximidade, com as farmácias comunitárias a adquirirem uma especial relevância.

Tendo em conta os ganhos em saúde proporcionados pela integração das farmácias nos sistemas de saúde em vários países, os responsáveis britânicos pretendem reformar o seu sistema, que se encontra em «estado crítico», como afirma o documento publicado pelo governo britânico, substituindo serviços atualmente disponibilizados de forma predominante nos hospitais por cuidados contínuos, acessíveis e integrados, em proximidade.

Neste sentido, o plano prevê que as farmácias comunitárias deixem de ser encaradas como um ativo apenas na dispensa de medicamentos para se tornarem parte efetivamente integrante do sistema de saúde, oferecendo um número mais alargado de serviços clínicos. Entre eles estão alguns serviços também já disponibilizados pelas farmácias em Portugal, com vista a uma ação mais significativa na prevenção da doença, como o envolvimento das farmácias na administração de vacinas, nomeadamente da vacina contra o HPV, bem como o rastreio de doenças cardiovasculares e da diabetes.

O documento aponta também para um reforço do papel das farmácias comunitárias no que toca à gestão de doenças crónicas e ao tratamento da obesidade, hipertensão arterial e colesterol elevado. O alargamento proposto do âmbito de atuação das farmácias comunitárias no Reino Unido surge a par do desenvolvimento de uma comunicação bidirecional, em que os farmacêuticos passariam a estar incluídos nos sistemas de informação eletrónica, onde constam os registos da jornada de saúde dos utentes, e os médicos passariam a ter acesso ao registo do acompanhamento das pessoas nas farmácias.